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Toby Jones comenta sobre Dobby e carreira

Toby Jones comenta sobre Dobby e carreiraToby Jones comenta sobre Dobby e carreira
Em entrevista com o Los Angeles Times, o ator Toby Jones comentou sobre sua carreira e, é claro, não poderia deixar de comentar sobre a série do menino-bruxo, na qual deu voz ao amado elfo-doméstico Dobby, em Câmara Secreta.

“Recebo correspondências sobre Harry Potter uma semana sim, outra não. Já que o personagem que dublei, Dobby, bate sua cabeça na parede e se pune por várias transgressões, recebi um par de cartas de entusiastas sadomasoquistas, também. É legal ver meu trabalho sendo apreciado tão amplamente.”

Ele também falou sobre o dilúvio de projetos nos quais tem trabalhado recentemente, entre eles o filme “W”, no qual interpreta o braço direito do atual presidente dos EUA, George W. Bush.

O ator, entretanto, não confirmou sua volta para os últimos filmes, no qual desempenha um grande papel.

Você pode ler a tradução completa do artigo em notícia completa!

TOBY JONES
A vida eternamente deslocada de Toby Jones

Cristy Lytal ~ Los Angeles Times
5 de outubro de 2008
Tradução: Renan Lazzarin

A maioria das pessoas provavelmente se lembra do ator britânico Toby Jones como a estrela do outro “Capote.”

Sabe, aquele que surgiu depois que Philip Seymour Hoffman ganhou o Oscar por sua performance como o escritor, em “A Sangue Frio.”

“Ninguém acredita em mim, mas não houve nada, nem um pouco, de decepcionante naquilo,” disse Jones, que interpretou Truman Capote no subestimado “Infamous,” de 2006. Estive fazendo um cinema muito bom em Londres, e a idéia de protagonizar um filme na Inglaterra, sem contar a América, não estava nos meus planos. Então, ler e atuar num roteiro tão notável, com um elenco tão incrível – e o risco de credibilizar tudo isso em excesso – não havia forma alguma de eu ficar decepcionado”.

Dado ao dilúvio de trabalhos nos quais que Jones tem aterrizado desde então, seu otimismo é bastante adequado. Entre agora e o fim do ano, Jones aparecerá em três filmes altamente esperados: “City of Ember” na sexta-feira, “W.” em 17 de outubro e “Frost/Nixon” em 5 de dezembro.

Anteriormente, o filho de dois atores nascido em Londres e crescido em Oxford emprestou seu talento a filmes, incluindo “Harry Potter e a Câmara Secreta,” de 2002, “A Procura da Terra do Nunca,” de 2004, “The Painted Veil,” de 2006 e “The Mist,” de 2007. “Recebo correspondências sobre [‘Harry Potter’] uma semana sim, outra não,” diz Jones. “Já que o personagem que dublei, Dobby, bate sua cabeça na parede e se pune por várias transgressões, recebi um par [de cartas] de entusiastas sadomasoquistas, também. É legal ver meu trabalho sendo apreciado tão amplamente.”

“City of Ember,” baseado no livro para leitores medianos de Jeanne DuPrau, deve apelar a uma demografia muito mais domada. No trama pós-apocalíptico estabelecido em uma decaída metrópole subterrânea, Jones sofre ameaças suaves como o escudeiro-chefe do prefeito guloso, interpretado por Bill Murray. No rosto dos antagonistas burocratas, dois jovens (Harry Treadaway e Saoirse Ronan) tentam escapar dos limites da cidade antes que o poder gerador falhe e a humanidade pereça.

O set eletrizante foi construído dentro de estaleiro de Harland and Wolff em Belfast, norte da Irlanda. “O mundo inteiro de Ember foi criado no hangar em que construíram o Titanic,” diz Jones. “Foi incrível.”

Outras figuras que realmente existem

Jones interpretou um braço direito diferente, Karl Rove, no filme biográfico “W.” “É raro ter a oportunidade de interpretar alguém que, mesmo que você o atue, está sendo odiado tanto,” diz Jones. “Suponho que uma das características de Karl Rove e de muitos políticos é a de que é muito difícil ler o que eles realmente pensam,” diz. “E a outra coisa que realmente me assolou rapidamente quanto a ele – e é uma das coisas mais irritantes sobre ele para seus inimigos – é que parece haver algo acontecendo em seus olhos que sugere que ele está rindo. Isso significa que, de certa forma, não importa se você está interrogando-o, atacando-o, intimando-o, ele parece não estar escutando ou escutando outro disco.”

“Frost/Nixon” de Ron Howard pode não ser tão oportuno ou controverso quanto “W.,” mas Jones acha que não é menos relevante à cena política atual. “Se você verificar o modo que Bush entregara a mensagem de sua campanha e o modo que políticos fugiram de uma perspectiva de relações públicas, então este é um filme sobre os encontros políticos da mídia,” diz.

Baseado na peça de Peter Morgan sobre as entrevistas televisionadas em 1997 com o jornalista britânico David Frost, que culminaram na confissão tácita de Richar Nixon de sua culpa no escândalo Watergate, “Frost/Nixon” mostra Jones como o lendário agente Swifty Lazar, que representou Nixon, e também Humphrey Bogart, Cary Grant, Tennessee Williams, Vladimir Nabokov e até mesmo Capote.

“E um tempo atrás, fiz uma peça, e um dos atores convidados que tivemos foi Roger Moor,” disse Jones. “Eu falei com ele via e-mail sobre Swifty Lazar, e ele me passou um texto legal sobre quais eram suas memórias sobre Swifty Lazar. Swifty Lazar deixou a ele botões de ouro de uma jaqueta ou algo assim. Desde então, tenho cortado os botões de ouro de minha jaqueta e decidido a quem vou distribuí-los.”

Jone não terá muito tempo para se devotar ao presenteio de botões, já que já assinou para mais dois filmes: “Creation,” de Jon Amiel, baseada na biografia do tataraneto de Randal Keynes, sobre seu famoso progenitor, e o filme em motion-capture de Steven Spielberg “Tintin,” baseado na série de tiras cômicas do artista belga Hergé.

“É sempre delicado dizer, ‘É, interpretar Truman Capote me levou a uma mudança na minha sorte,'” Jones diz. “Mas, claramente, ele me levou a muitos trabalhos nos Estados Unidos. E é a coisa gratificante para mim é que não me levou a interpretar Truman Capote em todos os filmes sobre Truman Capote que poderiam, possivelmente, ser feitos. Me levou a vários papéis diversos, que é a carreira que sempre quis.”