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Jornal diz que Radcliffe merece prêmio Tony

Jornal diz que Radcliffe merece prêmio TonyJornal diz que Radcliffe merece prêmio Tony
O jornal My Central Jersey acaba de publicar sua própria análise da aclamada peça Equus, estrelada por Daniel Radcliffe e Richard Griffiths, indicando que a performance do jovem ator merece uma indicação ao maior prêmio do teatro, o Tony.
O artigo do jornal elogiou e defendeu a atuação de Radcliffe em todo o texto, dando ênfase a todo o espetáculo, nos mínimos detalhes.

Desde o primeiro momento em que ele caminha no palco, o público percebe o olhar intenso e a respiração pesada que permanecem com o personagem por toda a noite.

O autor também afirmou ter ficado contente por não ver qualquer adolescente ou criança no teatro.

34 anos depois de sua primeira estréia na Broadway, esta peça – que contém cenas de nudez e sexuais, linguagem adulta e violência – certamente, não é para jovens fãs de Harry Potter.

Você pode conferir o artigo traduzido na íntegra na extensão!

DANIEL RADCLIFFE
Radcliffe merece indicação ao Tony por incrível Equus

Bill Canacci ~ My Central Jersey
5 de outubro de 2008
Tradução: Renan Lazzarin

Em uma notável performance como o jovem perturbado Alan Strang na apresentação da Broadway de “Equus” de Peter Shaffer, Daniel Radcliffe prova que é mais que apenas o bruxinho favorito de todos.

A peça, que venceu o Prêmio Tony em 1975, é sobre um psiquiatra tratando um garoto de 17 anos, que recentemente cegara seis cavalos no estábulo em que trabalhava.

A peça de Shaffer não foi remontada por mais de 30 anos, mas, apesar do que alguns críticos têm dito, não é nem um pouco antiquada. É um material fascinante, obscuro e intenso – e fiquei me indagando o quanto a peça deve ter sido controversa quando vista pela primeira vez nos anos 70.

A atuação de Radcliffe certamente merece uma indicação ao Tony. Desde o primeiro momento em que ele caminha no palco, o público percebe o olhar intenso e a respiração pesada que permanecem com o personagem por toda a noite. É, obviamente, um jovem perturbado, mas ele também está assustado. Se Radcliffe levasse isso muito a sério, atuasse muito acima do nível, falharia tristemente, até mesmo a tornaria cômica. Essa cautela é um mérito de Radcliffe e da diretora Thea Sharrock.

Ainda, nas duas cenas de clímax da peça, no final de ambos os atores, Radcliffe dá tudo de si. As duas cenas são chocantes, e, ainda assim, maravilhosas e excitantes de assistir.

E, embora aquelas cenas de clímax devam bastar para você, o que mais me impressionou foi a forma com a qual Radcliffe trabalhou com os “cavalos,” atores que usam máscaras e saltos para fazê-los parecer muito maiores que Alan. Radcliffe tem uma conexão religiosa/sexual com os cavalos, especialmente com um chamado Nugget, e o modo com que ele acaricia seu pescoço, peito e pernas, o jeito que segura o cavalo, é verdadeiramente sedutor.

Richard Griffiths não é tão estelar quanto em “The History Boys,” mas tem uma performance sólida como Dysart, o psiquiatra tentando ajudar Alan. A química entre esses dois é crítica. À medida que a peça continua, se torna quase uma relação pai-filho. Os dois precisam um do outro. Alan percebe que Dysart pode ajudá-lo, e Dysart quase tem inveja da paixão de Alan, que é muito maior que qualquer outra que ele já tenha experimentado por algo ou alguém.

Kate Mulgrew como Hesther, a magistrada da corte que leva Alan a Dysart, é um pouco decepcionante. Ela é uma atriz legal, mas acho que seu sotaque britânico faz o personagem cair. Hesther tem algumas conversas legais com Dysart – sobre o caso, sua carreira, etc. – mas todas essas cenas são alheias à energia do espetáculo.

T. Ryder Smith e Carolyn McCormick são decentes como os pais de Alan. Smith melhora à medida que o tempo passo, mas alguns momentos cruciais envolvendo McCormick são forçados e ensaiados. Como Jill, a garota que trabalha com Alan nos estábulos, Anna Camp está bem, mas não faz mais que ser entreolhada durante a peça.

Lorenzo Pisoni é incrível como Nugget. Pisoni também interpreta um cavaleiro jovem, que, cerca de 10 anos antes da ação da peça, dá a Alan sua primeira carona em um cavalo quando a criança estava de férias com sua família.

Os outros cavalos – Collin Baja, Tyrone A. Jackson, Spencer Liff, Adesola Osakalumi e Marc Spaulding – não estão tanto sob o holofote, mas são tão elegantes quanto o colega, e se movimentam juntos de modo bonito.

Antes do espetáculo e durante o intervalo, fiquei contente de ver que havia poucos, se é que havia algum, adolescentes e crianças na platéia. É assim que deve ser – 34 anos depois de sua primeira estréia na Broadway, esta peça – que contém cenas de nudez e sexuais, linguagem adulta e violência – certamente, não é para jovens fãs de Harry Potter. Mas estes ficarão felizes de saber que, depois que Radcliffe termine sua jornada com o espetáculo, voltará ao Reino Unido para começar a filmar as duas partes de “Harry Potter e as Relíquias da Morte”, o último capítulo da série mágica de J.K. Rowling.