Potterish

Watson diz que pode ser: “algo além de Hermione”

Watson diz que pode ser: "algo além de Hermione"Watson diz que pode ser: "algo além de Hermione"
Emma Watson (Hermione Granger) a cada dia se torna mais disputada pelos editoriais femininos. A nova publicação onde a atriz é capa é a Yo Dona, da Espanha, onde ela conta sobre várias coisas relacionadas a sua carreira em uma extensa entrevista.
O periódico tenta mostrar na entrevista uma Emma transformada. A atriz fala das mudanças que vem acontecendo em sua vida nos últimos tempos além de enfatizar seu anseio de mostrar ao mundo que ela pode ser “algo além de Hermione.

Além disso, ela afirma que não tem interesse em fazer uma autobiografia, por se considerar alguém muito crítica consigo mesma.Você pode conferir a entrevista completa nos scans aqui, em nossa galeria. Estamos trabalhando em sua tradução e logo mais você poderá conferí-las na extensão, mas os scans você já pode conferir nos links a seguir.

Scan 1 | Scan 2 | Scan 3 | Scan 4 | Scan 5

Atualizado: Você já pode conferir a tradução na extensão, clicando aqui. Boa leitura!

EMMA WATSON
A metamorfose de Emma Watson

Yo Dona ~ Paola Piancenza e Mateo Veroni
Junho de 2009
Tradução: Renan Lazzarin

De garota-prodígio a diva das câmeras. Resta pouco da pequena Hermione, a cê-dê-efe amiga de Harry Potter, que no sexto filme da saga deixa aflorar seu lado mais sensual. Um registro no qual Emma Watson, considerada uma das mulheres mais sexies do mundo, com certeza se sente muito à vontade. Mas este não é o único título que ostenta; também tem o de novo ícone da moda.

Do casulo à borboleta. Emma Watson (Paris, 15 de abril de 1990) já não é uma menina, e mesmo quando era ainda mais jovem, já sabia como se comportar nas entrevistas. Tem idade para dirigir, ir ao bar e inclusive à universidade (esta última, decidiu postergar para não ter um ano cansativo ao extremo). A aluna mais engenhosa da escola de Hogwarts – que também o é na vida real, já que se graduou com notas geniais – se tornou uma das jovens mais sexies das telonas. Quando Watson foi selecionada para interpretar Hermione Granger à terna idade de nove anos, não suspeitava que se tornaria a protagonista feminina de uma das sagas cinematográficas de maior sucesso. Uma década mais tarde, faltando pouco para a estreia do que será o sexto filme da série, Harry Potter e o enigma do Príncipe, as mudanças físicas da atriz são mais evidentes: seus cachos se desfizeram, seu cabelo está loiro e sua imagem, mais sofisticada. Também existe a evolução de sua personagem, que abandona a faceta senil, trazendo à toda a sua sensualidade e travessura. E tudo acontece como num passe de mágica. Contudo, ainda há quem confunde a realidade com a ficção, a atriz e o seu papel; algo que ela desmente. A saga Potter chega a seu fim (faltando apenas duas adaptações a serem lançadas). Será então, e apenas então, que Emma Watson abrirá as asas e terá a oportunidade de demonstrar que há vida depois de Hermione.

YO DONA: Pense por um momento naquele dia no Hotel Berkeley de Londres, quando jogavam Banco Imobiliário pouco antes da apresentação de Harry Potter e a Pedra Filosofal à imprensa mundial. Você imaginou as grandes mudanças que estavam a ponto de acontecer em sua vida?
EMMA WATSON: Acho que eu era jovem demais para me dar conta disso, apesar de que, obviamente, estava morta de medo. Não pensava no fato de que JK Rowling estava escrevendo sete romances. Também não suspeitava da popularidade da saga. Ninguém sabia que o filme se tornaria um dos mais bem-sucedidos de todos os tempos.

Foi diferente trabalhar no novo volume, Harry Potter e o enigma do Príncipe, agora que os três protagonistas fizeram outros projetos?
Sim. Foi muito agradável voltar e falar com Dan (Daniel Radcliffe) e Rupert (Grint) sobre seus outros trabalhos e comentar a diferença entre o teatro e a televisão. Ganhamos muita segurança, porque começamos muito jovens nos filmes de Potter. Para mim, foi muito importante fazer a série de televisão [ISH: corrigindo, filme televisivo] Dançado Para a Vida; aprendi muito com essa experiência.

Foi muito difícil sua personagem (Hermione) ter uma história de amor com Rony (Rupert Grint)? Digo, especialmente porque é um velho amigo que o interpreta…
Não foi muito difícil. Rupert é um rapaz muito calmo e eu estava esperando por isso porque gosto deste aspecto da comédia romântica. Eu e ele damos um pouco de relax cômico aos filmes à medida que eles vão escurecendo. É divertido ver Rupert nesse sentido. Hermione e Rony são muito diferentes, mas têm uma química especial. Será um pouco incômodo fazer as cenas de amor; não tenho outra palavra para descrever isso, mas é parte do trabalho.

Com 19 anos, qual é o seu desafio?
Convencer o mundo de que posso ser algo mais do que apenas e eternamente Hermione.

Alguma vez, você pensou em se rebelar?
Trabalho demais para ter tempo de pensar nisso. Mas tenho certeza de que, quando tiver 30 anos, me soltarei, terei uma revolução hormonal e farei tudo o que estou perdendo agora.

É difícil encontrar uma garota da sua idade tão equilibrada como você. Como todos os atores americanos da sua geração perdem a direção?
Eu os entendo. O interesse mórbido que de repente cerca a sua vida é superior à capacidade de qualquer um de aguentar. Se, além disso, você for jovem, a pressão que você sente, as contínuas cobranças de perfeição… tudo isso é insustentável.

Também é difícil sustentar uma relação sentimental normal…
As relaçãos são bastante complicadas por si só, ainda mais quando o peso do olhar do mundo recai sobre você. Estão atentos para ver se você sai com alguém, se tem alguma crise ou rompimento… mas não quer dizer que isso tenha acontecido comigo…

Quando você conhece novas pessoas, consegue confiar nelas?
Confio no meu instinto. Aprendi a ser muito boa na hora de entender por que as pessoas se interessam por mim.

Como os seus amigos se comportam com você, agora que você é rica e famosa?
Para eles é muito estranho quando, por exemplo, saímos juntos e o pessoal me reconhece e me para na rua. Por outro lado, também sabem ser muito protetores.

É sempre você quem paga?
Não! Seria muito incômodo para eles.

Para a imprensa britânica, você é um ícone da moda. Você poderia nos descrever o seu estilo?
Sou uma legítima londrina. O tempo é muito cinza na minha cidade e isso favorece a moda eclética e um pouco louca. Misturo o estilo da rua com o vintage e peças de desenhistas da primeira classe. Me divirto. Minha mãe é muito elegante; acho que aprendi muito com ela.

E com Kate Moss?
Ela também tem estilo. Dá para notar que o que ela usa é dela. Nos Estados Unidos, você não sai de casa se a pessoa que cuida da sua imagem não disse o que você deve usar. Por isso a forma de se vestir lá não é muito interessante.

Você caiu na ditadura da magreza?
Nunca foi uma ditadura para mim; não acho que estar muito magra é bonito. Não costumo seguir uma dieta. Gosto de comer e cozinhar. Faço uma torta excelente de framboesa e amaretti (bolinhos de amêndoas).

Como você se sente vestida com os trajes emprestados da casa Chanel ou com as inúmeras viagens que a sua profissão permite realizar?
É incrível conseguir esses vestidos, porque sempre fui fã da marca. É a melhor. Se alguém me veste para uma première, é com Chanel. Fisicamente, não tenho tempo de fazer compras para os eventos, então é ótimo que me emprestem as peças. Também é estupendo poder viajar com todos com quem trabalho. Que outra profissão teria me dado todas essas oportunidades?

Você escreve um diário?
Guardo alguns dos primórdios, com escritos sobre coisas que disse ou pensava. Também guardo caixas de lembranças com objetos dos primeiros filmes, inclusive uma peça de um jogo de xadrez. Tenho várias coisinhas que nos deixaram levar.

Talvez algum dia sirva para escrever uma auto-biografia…
Não, não me imagino fazendo isso. É estranho demais olhar para trás e ver essa garotinha. Sou muito auto-crítica e é difícil para mim voltar a ver os primeiros filmes. Tenho muito orgulho de Harry Potter e a Ordem da Fênix, mas tive que vê-lo três ou quatro vezes antes de ficar o suficiente tranquila para poder me concentrar na interpretação.

Como se sentiu quando, em 2007, você recebeu o prêmio de Melhor Atriz nos prêmios ITV National Film Awards?
Foi muito bonito. Não esperava ganhá-lo. Não era apenas por Harry Potter e a Ordem da Fênix. Foi por todos os filmes; fiquei encantada com o fato de que o público tivesse votado por mim neste prêmio. É uma das coisas das quais eu mais tenho orgulho.

Dizem por aí que seus companheiros de elenco proibiram você de chegar perto da mesa de ping-pong, porque você é boa demais…
(Risos.) Espero que me deixem jogar de novo, porque eu adoro. Quando menor, eu era pouco feminina e praticava muitos esportes.

Que coisas vocês têm nos camarim dos estúdios de gravação?
Rupert tem um jogo de dardos, bilhares, ping-pong e consoles de videogames. A sala do Dan é cheia de livros e música. Num verão, estava tão entediada que pintei um grande mural no meu. Apesar disso, é muito feminino: tem velas, almofadas e essas coisas que nós garotas gostamos.