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Analisando McGonagall

O colunista João Victor em sua terceira coluna para o site faz uma análise aprofundada sobre a professora Minerva McGonagall.

Sua coragem a torna demasiadamente sincera, e sua inteligência faz com que ela se torne cética das crendices populares e até mesmo das visões da Professora Sibila Trelawney, a qual considera uma grande charlatã. E aí percebemos um dos muitos pontos que Minerva se identifica com Hermione.
Sua estima pela menina é visível, até mesmo chegou a dar para a menina o vira-tempo, para que ela pudesse assistir a mais de uma aula ao mesmo tempo.

Você pode conferir a coluna completa aqui.

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Analisando McGonagall
Por João Victor

Na mitologia, Minerva era a deusa da guerra, da sabedoria e das artes: inventou o torno usado pelos oleiros nas moldagens, a régua e o esquadro de que se servem os carpinteiros, etc.; ensinou ao homem a cultura da oliveira e o plantio da figueira; enfim, foi inspiradora de todas as artes, e protetora de sua cidade e de todos os ofícios. Para Rowling, não deve ter sido difícil escolher a fonte para o nome de uma de suas bruxas principais.

Se tivéssemos que listar e ordenar os personagens de Harry Potter que mais gostamos, a professora de Transfiguração de Hogwarts, Minerva McGonagall, ficaria entre os meus cinco favoritos. Uma bruxa idosa, que tem por volta dos seus 70 anos. Além da cadeira de Transfiguração, McGonagall era a vice-diretora de Hogwarts e Diretora da Grifinória, casa que a abrigou nos anos em que era apenas aluna. Além dessas funções, é também a responsável pelo envio de carta aos pequenos bruxos, registrados no nascimento, quando atingem idade para ingressar na escola de magia, e também responsável pela cerimônia de entrada e seleção dos novos alunos nas quatro casas de Hogwarts.

Apesar do seu perfil sério, exigente e até mesmo carrancudo Minerva, acima de tudo é muito solidária e possui um enorme coração. É uma das maiores aliadas de Dumbledore, de quem é grande admiradora e fiel escudeira. Faz parte da Ordem da Fênix e é extremamente poderosa. Preza muito a justiça e honestidade e cobra de seus alunos o respeito pelas regras e normas. É
autorizada pelo Ministério da Magia a usar animagia, ou seja, ela é uma animaga e consegue se transformar em gato.

Seu comportamento discreto é externado pela sua vestimenta, sempre em tons escuros e sua origem escocesa é muitas vezes revelada pelo uso de estampas xadrez. Outra peça característica de seu vestuário é seu chapéu cônico preto e seus oclinhos quadrados.

Como Snape ela tem domínio sobre os alunos durante sua aula, e estimula neles a competitividade saudável, nutrindo a paixão pelo Quadribol. Contudo, diferentemente de Snape, não deixa de tirar pontos de sua Casa quando seus alunos merecem, mesmo que isso possa distanciar a Grifinória do campeonato inter-casas.

Sua coragem a torna demasiadamente sincera, e sua inteligência faz com que ela se torne cética das crendices populares e até mesmo das visões da Professora Sibila Trelawney, a qual considera uma grande charlatã. E aí percebemos um dos muitos pontos que Minerva se identifica com Hermione. Sua estima pela menina é visível, até mesmo chegou a dar para a menina o vira-tempo, para que ela pudesse assistir a mais de uma aula ao mesmo tempo.

Uma das passagens que me fez ainda mais fã de McGonagall foi em “Ordem de Fênix”, quando a vida em Hogwarts estava insustentável pela presença de Dolores Umbridge, a professora que assumira Defesa Contra Artes das Trevas por ordem do Ministério da Magia, que a nomeou Alta Inquisidora e permitiu que ela, a partir de então controlasse os demais professores. McGonagall que considerou a situação ridícula não titubeou. Simplesmente desprezou a presença de Umbridge. E ao primeiro sinal de interrupção indevida enfrentou a “sapa-velha”:

“- Hem, hem – fez a Prof. Umbridge.
– SIM? – disse a Prof. McGonagall se virando, as sobrancelhas tão juntas que pareciam formar uma linha única e severa.
– Eu estava me perguntando, professora, se a senhora teria recebido o meu bilhete avisando a data e a hora da sua insp…
– Obviamente que a recebi, ou teria lhe perguntado o que está fazendo na minha sala de aula – disse ela, dando as costas com firmeza à Prof. Umbridge. Muitos estudantes trocaram olhares de alegria. – Como ia dizendo: hoje vamos praticar o Feitiço da Desaparição…
– Hem, hem.
– EU ME PERGUNTO – disse a professora McGonagall numa fúria gélida, virando-se para a outra – como é que você espera avaliar meus métodos de ensino habituais se continua a me interromper?? Em geral, eu não permito que as pessoas falem quando eu estou falando entendeu?
A Prof. Umbridge pareceu que tinha levado uma bofetada…”

Todos gostaríamos de ter falado isso para Umbridge. É um momento que sentimos a mesma satisfação que os alunos de Minerva. Nos sentimos vingados! Espero que o roteirista não esqueça dessa cena para o filme que vem por aí…

Nos filmes de Harry Potter, McGonagall é brilhantemente interpretada pela veteraníssima ‘Dame’ Maggie Smith. Pra mim a escolha da atriz foi um dos maiores acertos dos filmes, bem como Richard Harris para Dumbledore, Robbie Coltrane para Hagrid e Alan Rickman como Snape. Maggie Smith pode ser vista em filmes como “Mudança de Hábito”, “Hook – A Volta do Capitão
Gancho”, “Morte sobre o Nilo” (de Agatha Christie – que eu adoro).

Naturalmente, depois de todos os acontecimentos ocorridos no sexto anos de Harry em Hogwarts, Minerva se tornará ainda mais importante no mundo da magia. Sua liderança será fundamental na luta contra o Lorde das Trevas e seus malignos aliados, e seu bom coração para acolher Harry Potter. Diante de todas as perdas que teve durante sua vida, o garoto precisará mais do que
nunca sentir a proteção que o afeto pode trazer.